Momentos Nostálgicos

Ontem matei uma vontade que vinha comigo há muito... fui visitar a casa que morei em Moema. Foi ma-ra-vi-lho-so.

O Patrick, comprador do imóvel, é um francês radicado no Brasil que cultiva plantas sem terra e outros produtos naturais.
A casa está totalmente preservada e pra mim foi como voltar no tempo. O piso da cozinha é o mesmo, o banheiro está idêntico, até a tomada/interruptor é a mesma. O tanque de roupas é o mesmo, apenas foi mudado de lugar. O quintal dos fundos virou uma edícula e onde tínhamos uma churrasqueira virou um viveiro para arara.

Ele me contou algumas peculiaridades, disse que quando tirou o forro que era de madeira, se deparou com uma estrutura toda em madeira linda e intacta. Onde era meu quarto foi encontrada a porta que na primeira construção era a entrada da casa. Enfim, foi como voltar no tempo e lembrar que lá aconteceu minha primeira festa de aniversário e foi quando fui morar com meus pais.

Foi um sonho, um sonho maravilhoso. Voltei às minhas raízes e lembranças de tempos muito felizes.

Saber que tudo continua lá conforta, é estranho dizer, mas é como se minhas origem estivesse sendo preservada.

Claro que morei em outro lugar antes de lá, mas eu era muito pequenininha e confesso que minhas lembranças não ficaram tão latentes quanto nesta casa. Desta época de bebê me lembro do cheiro do sabonete da casa da minha tia Vilma, das músicas de Caetano e Gil tocando no rádio da cozinha e do barulho da panela de pressão cozinhando feijão da casa da tia Angelina. Lembro ainda do sofá onde eu brincava e do cantinho onde guardava meus brinquedos - não eram muitos - e do banquinho do castigo que ficava no banheiro (rsrsrsrsrs).

Será meu próximo lugar de visita...

Pára o mundo que eu quero descer...

Estou passando por uma fase que se fosse perto do meu aniversário eu diria que é inferno astral. Hoje eu só tenho vontade de uma coisa, desaparecer, sumir, virar vapor.

É incrível que o tempo passe e minha sensação de solidão só aumente. É absurda a posição defensiva das pessoas pra tudo na vida, atacando ao menor sinal. Sinto que para ser feliz terei que viver num mundo só meu, comigo mesma. Quando quiser conversar, falar dos meus medos e expectativas, por mais doidos que sejam, terei que conversar olhando no espelho, ou seja, comigo mesma. E tudo o mais também.

Ninguém quer ouvir. Criticar, espisinhar, é muito fácil. Diálogo está extinto.

Imagine isso pra mim que sou ultra comunicativa, é o fim.

Sinto que em tornarei uma pessoa letárgica, sem sal, sem graça. Mecânica!

Esses dias ouvi que estou diferente, indiferente pra tudo, sem opinião, que tudo eu concordo, que não estou me envolvendo. Claro! Sempre que externo minha opinião ouço de volta tantas pérolas que só por Deus!

Quem sabe já já perco a voz, fico muda e pronto, tudo se resolve!

Os homens são de Marte mesmo!

Ontem estava eu lá na faculdade digitando as faltas dos meus alunos e eis que ouço o comentário de um colega professor falando no celular: "...fulano de tal não vem porque o time dele nem empatou, só fez vergonha e ele passou mal a noite inteira. Bem feito, sofredor é isso aí."

Tudo bem que o cidadão é feio, gordo, surdo (pelo tanto que falava alto) e pelo comentário deve ser aqueles trogloditas que ficam em frente à TV peidando, arrotando, com aquela camiseta véia que aparece a barriga enorme e aquele umbigo asqueroso vendo futebol e chamando a mulherada que aparece na TV usando verdadeiras pérolas. Eca, só de pensar me dá ânsia...

Homens são de Marte mesmo, verdadeiros marcianos!!!

O retorno...

Espero que a partir de hoje eu consiga retornar ao meu blog. Sinto muita falta de escrever, sempre gostei e aqui considero meu divã. Ninguém me contradiz, ninguém me questiona e a tela, como o papel, aceita tudo. Uma maravilha!

Meu evento rolou, graças a Deus deu tudo certo e espero que tenha sido o primeiro de muitos. Senti falta da Rá, minha amiga irmã que me entende como ninguém e que com certeza me encheria menos o saco do que certa pessoa... mas enfim, sei que ela tá bem e mais do que isso, merece muito sua conquista.

Pepê tá demais, falando váaarias coisas, amando a escola, enfim, um sonho.

Agora, de volta, definitivamente!